Nunca soube que sempre quis chegar exatamente onde estou, e aqui estou. Quando era criança, íamos em família para a praia fazendo um caminho mais longo pra passar por um lugar bonito que é o planalto meridional, chamado serra, onde tem a mata de araucária e os campos de cima da serra. Passando por ali, tudo que eu queria era parar na beira da estrada, pular uma cerca, sentar no meio do campo nativo e ficar ali todo o dia. Ficava muito frustrada quando meu pai dizia que não podíamos parar, ou, se parávamos, era só o tempo de fumar um cigarro e seguir viagem.
E agora, sem pensar exatamente em onde meus rumos iam me levar, me deparo com onde cheguei: quase bióloga, que trabalha em campo, conhece quase todo o Rio Grande do Sul e tantos de seus lugares inacreditáveis, em contato com comunidades guarani, restauradora e que posso, no meu trabalho e fora dele, fazer o que era meu sonho na infância: contemplar.
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