Sinto o afeto transbordando, sem medo nenhum de entrar no oceano que é compartilhar isso com o outro. E que outro, pode ser um qualquer desde que retribua. Alguém que se transborda também e viramos correnteza de carinhos. Onde isso vai levar não importa, e a intenção é que não leve a lugar nenhum além do caminho percorrido no momento do afeto, quando os corpos se acariciam como se fossem velhos conhecidos, mas sem nunca se terem cansado um do outro. Quando os pés se encostam, as costas esquentam um peito, os dedos movem na nuca e os braços apertam forte um corpo pela primeira vez, num abraço cheio de amor e felicidade. A completude momentânea de se deixar levar pela espontaneidade, mesmo que não se conheça, e mesmo que nem vá se conhecer, sem o medo de criar ilusões de um romance que não é desejado.
Que o amor não seja exclusivo de um romance concreto, mas passível de ser compartilhado com conforto, respeito e reciprocidade; que seja um vento morno de aconchego e tranquilidade nas peles e corações abertos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário